segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Cristo, um exemplo a seguir.

Ninguém tem maior AMOR do que este, de DAR (doar) alguém a sua vida pelos SEUS AMIGOS. Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer. Não me escolhestes vós a mim, MAS EU VOS ESCOLHI A VÓS, e vos nomeei, para que vades e DEIS FRUTO, e o vosso FRUTO PERMANEÇA; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda. Isto vos manda: Que vos AMEIS UNS AOS OUTROS. João 15:13-17

Ninguém tem maior AMOR do que este, de DAR (doar) alguém a sua vida pelos SEUS AMIGOS.

Jesus entregou a sua vida por amor (João 3:16), e como resultado dessa entrega, nós fomos salvos – mediante a Cruz de Cristo. Portanto, Cristo é nosso referencial de entrega e de amor. Nós, como filhos de Deus, também recebemos essa missão: doar mais de nós aos outros. Que o nosso coração desperte para esse tipo de amor: Um amor que não é egoísta, que não visa seu interesse próprio, o amor que tudo suporta, tudo espera, o amor que não desiste, mas que confia (1 Co 13).


Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.

A vontade de Deus é sempre boa, perfeita e agradável. Tudo quanto Jesus nos pede ou qualquer um de seus mandamentos é visando o bem e não o mal do homem. A lei é um meio que Deus criou para proteger o homem. Éramos escravos do pecado mas agora somos livres por meio de Cristo, andar de acordo com os mandamentos do Senhor significa viver uma vida em liberdade.

Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.

Creio que quando Deus nos chama de amigo e não mais servo, ele nos fala do nível de relacionamento que Ele deseja ter conosco. Um chefe normalmente não vai compartilhar da sua vida pessoal com o funcionário, mas um amigo sempre que possível compartilha conosco a respeito da sua vida pessoal. 

Temos em Cristo um exemplo de amizade sólida. Cristo teve um relacionamento transparente tanto com o Pai quanto com o seus amigos. E, este é o modelo que nós temos que seguir.

Não me escolhestes vós a mim, MAS EU VOS ESCOLHI A VÓS, e vos nomeei, para que vades e DEIS FRUTO, e o vosso FRUTO PERMANEÇA; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.

Em seguida Jesus fala que não fomos nós que O escolhemos, pelo contrário, Ele olhou para nós primeiro, Ele nos escolheu primeiro. E como uma árvore frutífera, é assim que nós devemos ser. Precisamos dar fruto. E este fruto também precisa permanecer, em uma outra passagem, em um outro contexto, Jesus fala que pelo seu fruto o conhecereis. Ou seja, um falso profeta (e um falso cristão) é conhecido pelo fruto que produz. Pode acaso uma figueira produzir azeitonas? Não! 

O fruto do espírito, descrito nas cartas aos gálatas é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. E conclui que se pedirmos algo em nome de Cristo, uma vez que permanecemos em Cristo, nós recebemos do Pai.

Isto vos manda: Que vos AMEIS UNS AOS OUTROS. João 15:13-17
John Mcalister, certa vez pregou sobre "Comunhão de uma igreja saudável", e ele apresentou alguns tópicos sobre o que seria amar uns aos outros:

  • Vivam em paz uns com os outros (I Ts 5:13).
  • Estejam ligados uns aos outros (Rm 12:5).
  • Dediquem-se uns aos outros (Rm 12:10).
  • Honrem uns aos outros (Rm 12:10).
  • Alegrem-se com os que se alegram. Chorem com os que choram (Rm 12:15).
  • Tenham uma mesma atitude uns com os outros (Rm 12:16).
  • Aceitem-se uns aos outros (Rm 15:7).
  • Aconselhem-se uns aos outros (Rm 15:14).
  • Saúdem uns aos outros (2 Co 13:12).
  • Concordem uns com os outros (1 Co 1:10) .
  • Esperem uns pelos outros (1 Co 11:33).
  • Tenham igual cuidado uns pelos outros (1 Co 12:25).
  • Sirvam uns aos outros (Gl 5:13).
  • Levem os fardos pesados uns dos outros (Gl 6:2).
  • Sejam bondosos e compassivos uns com os outros (Ef 4:32).
  • Perdoem-se mutuamente (Cl 3:13).
  • Sujeitem-se uns aos outros por temor a Cristo (Ef. 5:21).
  • Suportem-se uns aos outros (Cl 3:13).
  • Ensinem e aconselhem-se uns aos outros Cl 3:16).
  • Exortem-se e edifiquem-se uns aos outros (1 Ts 5:11).
  • Consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e ás boas obras (Hb 10:24).
  • Sejam mutuamente hospitaleiros (1 Pe 4:9).
  • Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros (1 Pe 4:10).
  • Sejam todos humildes uns para com os outros (Ef 4:2).
  • Confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros (Tg 5:16).

Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará. Marcos 8:35 
Aquele que ama a cristo é capaz de "perder a sua vida". O amor é capaz de fazer isso, é uma chama que arde dentro de nós, é uma paixão que nos faz abrir mão do que for para estar com Cristo, amar Cristo, querer conhecer Cristo, desejar Cristo. É um amor que faz nosso coração queimar pela causa que faz o coração de Cristo queimar também! Somente o amor é capaz de abrir mão daquilo que nossa carne deseja, daquilo que é terreno: "Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti, que os que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus". (Gálatas 5:19-21)

O amor de Cristo nos leva a amar o outro e a doar pelo outro. O amor de Cristo transforma a nossa realidade, a nossa visão a respeito do outro. Não creio que seja algo mecânico apenas, forçado, mas é algo que á medida que nós buscamos em Cristo e pedimos, Ele molda o nosso coração e a nossa realidade.


No entanto, é preciso buscar de Deus discernimento - 2 Timóteo 3:5; 1 Coríntios 5:2,9-11 e Mateus 18:15-17 - para saber em que nós devemos de fato investir o nosso tempo, a nossa vida.  


Priscila G. 
(Palavra compartilhada na reunião do Lar no dia 23-12-16)

Salmos 77:19-20

A tua vereda atravessou o mar, e o teu Caminho, pelas águas poderosas. Guiaste o teu povo como a um rebanho pela mão de Moisés e de Arão. (Salmos 77: 19-20)
O milagre que foi operado fazendo o Mar Vermelho secar-se é aqui novamente descrito em fraseologia diferente. O que, propriamente falando, se refere aos israelitas se aplica a Deus, sob cuja proteção e diretriz passaram em seco pelo meio do Mar Vermelho. Declara-se que uma vereda lhes foi aberta de uma maneira estranha e inusitada; pois o mar não foi drenado pela habilidade humana, tampouco se abriu o rio Jordão em duas partes, deixando seu curso normal para formar um canal diferente, porém o povo passou pelo meio das águas nas quais Faraó e todo seu exército foram em seguida tragados. Neste relato diz-se que os passos de Deus não eram conhecidos, porque imediatamente após haver Deus feito o povo passar, ele fez com que as águas voltassem a seu curso costumeiro. O propósito para o qual isso foi efetuado é adicionado no versículo 20 - o livramento da Igreja: Tu guiaste teu povo como a um rebanho. E este livramento deve ser considerado por todos os santos como a oferecer-lhes uma melhor disposição para que nutram a esperança de segurança e salvação. A comparação do povo com ovelhas tacitamente sugere que em si mesmos estavam inteiramente destituídos de sabedoria, poder e coragem, e que Deus, em sua grande bondade, se condescendeu em exercer o ofício de pastor  guiando o povo pelo meio do mar e pelo deserto, bem como no meio de todos os demais impedimentos, seu pobre rebanho, o qual era destituído de todas as coisas, para que tomassem posse da herança prometida. Esta afirmação é confirmada quando se nos diz que Moisés e Arão eram pessoas empregadas em conduzir o povo. Seu serviço era sem dúvida nobre e digno de ser lembrado; Deus, porém, exibiu não pequeno grau da grandeza de seu poder quando contrasta dois indivíduos obscuros e menosprezados com a fúria e o grande e poderoso exército do mais soberbo dos reis que já se sentaram em trono. O que poderia a vara de um fora-da-lei e proscrito, e a voz de um escravo, fazer deles, contra um formidável tirano e  uma nação guerreira? O poder de Deus, pois, se fez ainda mais manifesto quando operou através de tais vasos de barro. Ao mesmo tempo, não nego que aqui se pretenda enaltecer esses servos de Deus, em quem depositara uma confiança tão honrosa.

Livro: Salmos Vol. 3, João Calvino. 

Salmos 77:17-18

As nuvens desfizeram-se em água; os céus retumbaram; as tuas flechas também correram de uma para outra parte. A voz do teu trovão estava no redemoinho; os relâmpagos alumiaram o mundo; a terra se abalou e tremeu (Salmos 77. 17-18)
As nuvens derramaram águas. Como o substantivo, mayim, não pode ser tomado no genitivo, o verbo, não tenho dúvida, é expresso em caráter transitivo; porém faz pouca diferença quan to ao sentido se assumirmos este ponto de vista, ou lermos como se, mayim, estivesse no genitivo e o verbo fosse passivo; ou, seja, se lermos: As nuvens derramaram águas, ou: As águas das nuvens foram derramadas. O significado obviamente é que não só o mar e o rio Jordão, mas também as águas que estavam suspensas nas nuvens, renderam a Deus a honra que é sua por direito, o ar, pela concussão do trovão, tendo derramado copiosos aguaceiros. O objetivo é mostrar que, para qualquer ponto que os homens volvam seus olhos, a glória de Deus se manifesta de forma eminente, que é esse o caso em toda parte da criação, em cima e embaixo, desde as alturas celestiais até aos abismos mais profundos dos mares. A que história se refere aqui é algo que se acha envolto em algum grau de incerteza.Talvez seja aquela que se acha registrada em Êxodo 9.23; sobre o quê somos informados que raios misturados com trovões e relâmpagos foram uma das medonhas pragas infligidas sobre os egípcios. As flechas que sibilavam por toda parte são, sem dúvida, uma forma metafórica para relâmpagos. Com este versículo devemos conectar o seguinte: a voz do trovão foi ouvida no ar, e a dos relâmpagos iluminou o mundo, de modo que a terra tremeu. Equivale a isto: na saída do povo do Egito, deu-se amplo testemunho do poder de Deus, tanto aos olhos quanto aos ouvidos dos homens; estrépitos de trovão eram ouvidos em todos os recantos dos céus e todo o firmamento brilhava com os raios dos relâmpagos, enquanto ao mesmo tempo a terra se estremecia toda.

João Calvino, O livro dos Salmos, volume 3.

19/12/16

Salmos 77:16

As águas te viram, ó Deus, as águas te viram, e tremeram; os abismos também se abalaram (Salmos 77. 16).
As águas te viram, ó Deus! Alguns dos milagres nos quais Deus exibira o poder de seu braço são aqui brevemente reportados. Quando se diz que as águas viram a Deus, a linguagem é figurada, significando que foram removidas, por assim dizer, por um instinto e impulso secretos em obediência à ordem divina na abertura de uma passagem para o povo eleito. Nem o mar nem o Jordão teria alterado sua natureza, ao se abrirem, dando-lhes espontaneamente uma passagem, não tivessem ambos sentido sobre eles o poder de Deus. Não significa que recuassem em função de algum juízo e raciocínio que porventura possuíssem, mas que, ao recuarem como fizeram, Deus mostrava que mesmo os elementos inanimados estão prontos a prestar-lhe obediência. Há aqui um contraste indireto com a intenção de repreender a estupidez dos homens caso não reconheçam na redenção dos israelitas do Egito a presença da mão de Deus, a qual foi vista até mesmo pelas águas. O que se acrescenta acerca dos abismos sugere que não só a superfície das águas foram agitadas na presença de Deus, mas que seu poder penetrou até mesmo os abismos mais profundos

“As águas do Mar Vermelho” , diz Home, “são aqui lindamente representadas como que dotadas de sensibilidade; elas vêem, sentem e são confundidas, mesmo os abismos mais profundos, na presença e poder de seu grande Criador, quando lhes ordenou que abrissem um caminho e formassem um muro de cada lado, até que seu povo passasse. Isto, de fato, é verdadeira poesia; e nessa atribuição de vida, espírito, emoção, ação e sofrimento a objetos inanimados, não existe poeta que possa rivalizar-se com os da nação hebraica.” - Mant.


João Calvino, O livro dos Salmos, volume 3.

19/12/16

Os doze espias

"Números, cap. 13 Versos 25 a 33 - Ao fim de quarenta dias, eles voltaram de sondar a terra. Ao chegarem, apresentaram-se a Moisés e ...