quinta-feira, 29 de julho de 2010

OS SETE PECADOS



Certo dia um casal ao chegar do trabalho encontrou algumas pessoas dentro de sua casa. Achando que eram ladrões ficaram assustados, mas um homem forte e saudável, com corpo de halterofilista¹ disse:

- Calma pessoal, nós somos velhos conhecidos e estamos em toda parte do mundo.

- Mas quem são vocês ? perguntou o casal.

- Eu sou a Preguiça - respondeu o homem. Estamos aqui para que vocês escolham um de nós para sair definitivamente da vida de vocês.

- Como pode você ser a preguiça se tens o corpo de um atleta que vive malhando e praticando esportes? Indagaram.

- A preguiça é forte como um touro e pesa toneladas nos ombros dos preguiçosos, com ela ninguém pode chegar a ser um vencedor.

Uma mulher velha curvada, com a pele muito enrugada que mais parecia uma bruxa disse:

- Eu sou a Luxúria.

- Não é possível.? Disse o homem da família ? Você não pode atrair ninguém com essa feiúra.

- Não há feiúra pra a luxúria queridos! Respondeu. Sou velha porque existo há muito tempo entre os homens, sou capaz de destruir famílias inteiras, perverter crianças e trazer doenças para todos até a morte. Sou astuta e posso me disfarçar na mais bela mulher ou homem que você já viu.

Um mau cheiroso homem vestindo uns maltrapilhos de roupas que mais parecia um mendigo disse:

- Eu sou a cobiça, por mim muitos já mataram, por mim muitos abandonaram famílias e pátria, sou tão antigo quanto a Luxúria mas eu não dependo dela para existir. Tenho essa aparência de mendigo porque por mais bem vestido que apresento, mais rico que pareço, com jóias, dinheiro e carros luxuosos, ainda assim me verás, porque a cobiça esta tanto para o pobre quanto para o rico.

- E eu, - disse uma lindíssima mulher com um corpo escultural e cintura finíssima, seus contornos eram perfeitos e tudo no corpo dela tinha harmonia de forma e movimentos . Sou a Gula.

Assustaram- se os donos da casa dizendo:

- Sempre imaginamos que a gula seria gorda.

- Isso é o que vocês pensam ? respondeu ela. Sou bela e atraente porque se assim não fosse seria muito fácil se livrar de mim. Minha natureza é delicada, normalmente sou discreta, quem tem a mim não se apercebe, mostro-me sempre disposta a ajudar aqueles que querem fazer regimes mas na verdade faço tudo ruir de maneira sutil. Destruo o prazer de viver e destruo a beleza do corpo. Também por mim muitas famílias destruíram- se em busca da luxúria.

Sentado em uma cadeira a beira da casa, um senhor também velho mas com o semblante bastante sereno disse com voz doce e movimentos suaves:

- Eu sou a Ira alguns me conhecem como cólera, tenho muitos milênios também. Não sou homem nem mulher assim como meus companheiros que estão aqui.

- Ira? Parece mais o vovô que todos gostariam de ter . disse a dona da casa.

- E a grande maioria me tem! respondeu o vovô . Matam com crueldade,provocam brigas horríveis e destroem cidades quando me aproximo. Sou capaz de eliminar qualquer sentimento diferente de mim, posso estar em qualquer lugar e penetrar nas mais protegidas casas. Mostro- me calmo e sereno para mostrar- lhes que a Ira pode estar no aparentemente manso. Posso também ficar contido no íntimo das pessoas sem se manifestar, provocando úlceras, câncer e as mais temíveis doenças.

- Eu? disse uma jovem que ostentava uma coroa de ouro cravada de diamantes, usava braceletes de brilhantes e roupas de fino pano, assemelhando- se a uma princesa rica e poderosa. Sou a Inveja. - Faço parte da história do homem desde de sua aparição.

- Como inveja se é rica e bonita, parece ter tudo que deseja? disse a mulher da casa.

- Há os que são ricos, os que são poderosos, os que são famosos e os que não são nada disso, mas eu estou entre todos, a inveja surge pelo que não se tem e o que não se tem é a felicidade. Felicidade, depende de amor, e isso carece na humanidade. Por causa de mim, muita destruição já houve, mortes e sofrimento, onde eu estou esta
também a tristeza.

Enquanto os invasores se explicavam, um garoto que aparentava cerca de 5 a 6 anos brincava pela casa.

Sorridente e de aparência inocente, característica das crianças, sua face de delicados traços mostravam a plenitude da jovialidade, olhos vívidos e enigmáticos, parecia estar alheio aos acontecimentos quando foi indagado pelo casal.

- E você garoto, o que fazes junto a esses que parecem ser a personificação do mal?

O garoto respondeu com um sorriso largo e olhar profundo.

- Eu sou o Orgulho.

- Orgulho? espantaram- se o casal . Você é apenas uma criança, tão inocente como todas as outras.

O semblante do garoto tomou um ar de seriedade que assustou o casal, e ele disse:

- O orgulho é como uma criança mesmo, mostra- se inocente e inofensivo, mas não se enganem, sou tão destrutível quanto todos aqui , quer brincar comigo?

A Preguiça interrompeu a conversa e disse.

- Vocês devem escolher quem de nós sairá definitivamente de suas vidas. Queremos a resposta.

O casal respondeu.

- Por favor, dêem 10 minutos para que possamos pensar.

O casal se dirigiu para o quarto onde dormem e lá fizeram várias consideraç ões. Dez minutos depois retornaram.

- E então ? perguntou a Gula.

- Queremos que o Orgulho saia de nossas vidas.

O garoto olhou com um olhar fulminante para o casal, pois queria continuar ali. Porém respeitando a decisão dirigiu-se para a saída. Os outros iam acompanhado o Garoto quando o casal perguntou.

- Ei, vocês vão embora também?

O Menino, agora com ar de severidade e com a voz forte de um orador disse.

- Escolhestes que o Orgulho saísse de vossas vidas, fizeram a melhor escolha.
- Pois onde não há Orgulho não há preguiça, pois os preguiçosos são aqueles que se orgulham de nada fazer para viver não percebendo que na verdade vegetam.

- Onde não há orgulho não há Luxúria, pois os luxuriosos tem orgulho de seus corpos e julgam- se merecedores de possuir os corpos de tantos quantos lhe provir, não percebendo que na verdade são objetos do instinto.

- Onde não há orgulho, não há Cobiça, pois os cobiçosos tem orgulho das migalhas que possuem, juntando tesouros na terra e invejando a felicidade alheia, não percebendo que na verdade são instrumentos do dinheiro.

- Onde não há orgulho, não há Gula, pois os gulosos se orgulham de sua condição e jamais admitem que o são, arrumam desculpas para justificar a gula, não percebendo que na verdade são marionetes dos desejos.

- Onde não há orgulho, não há Ira, pois os irosos se orgulham de não serem passíveis e jamais abaixam a cabeça diante de qualquer situação, são incapazes de permitir que a vida lhes proporcione lições e aprendizado e se revoltam com facilidade com aqueles que, segundo o próprio julgamento, não são perfeitos, não percebendo que na
verdade sua ira são resultado de suas próprias imperfeições.

- Onde não há orgulho, não há inveja, pois os invejosos sentem o orgulho ferido ao verem o sucesso alheio seja ele qual for, precisam constantemente superar os demais nas conquistas, não percebendo que na verdade são ferramentas da insegurança e da falta de amor a vida.
Adeus.Saíram todos sem olhar para trás.

Meu bem – Disse o Homem da casa; Agora que todos saíram não podemos deixar a nossa casa vazia, temos que preenchê-la o mais rápido possível.
Sim meu bem, - Disse a Mulher; mas com o que nós vamos preencher? ... Ah! Já sei.
Queremos que o amor entre em nossa casa - disseram ambos :
Seja bem vindo JESUS !


(autoria desconhecida)

"Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.

O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco." Filipenses 4:8-9


E sobre tudo isto, revesti-vos de amor que é o vínculo da perfeição “. Cl 3:14

Graça e Paz!

2 comentários:

  1. Nossa Muito legal a história :D

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  2. Repassei o texto no meu blog, ABRAÇOS !
    http://glossdeprincesa.blogspot.com.br/search/label/Reflex%C3%B5es
    Deus o ilumine cada dia mais ! ^^

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