quinta-feira, 26 de março de 2015

A complicada arte de ver

Rubem Alves colunista da Folha de S.Paulo

Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca". Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. "Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões _é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto."

Marcelo Zocchio Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales", de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: 'Rosa de água com escamas de cristal'. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".

Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.

William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê". Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.

Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.

Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. "Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios", escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada "satori", a abertura do "terceiro olho". Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: "Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram".

Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, "seus olhos se abriram". Vinícius de Moraes adota o mesmo mote em "Operário em Construção": "De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa _garrafa, prato, facão_ era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção".

A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas _e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam... Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.

Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: "A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas".

Por isso _porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver_ eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar "olhos vagabundos"...

Rubem Alves, 71, educador, escritor. Livros novos para crianças e adultos-crianças: "Os Três Reis" (Loyola) e "Caindo na Real: Cinderela e Chapeuzinho Vermelho para o Tempo Atual" (Papirus).

quarta-feira, 11 de março de 2015

Unidade

[...] John e eu estávamos preocupados agora. Só havia uma alternativa para esta saída, agora fechada para nós, e era remar rio acima no que havia se transformado em uma escuridão total. Silenciosa e calmamente, viramos a canoa e seguimos rio acima, procurando o canal certo que nos manteria fora da correnteza principal. Não esperávamos que a aventura tomaria aquele rumo, mas, de repente, tudo se fez necessário. John deveria conduzir a canoa com habilidade; eu deveria remar com força. Um erro de nossa parte e a forte correnteza viraria a canoa de lado, a encheria de água e arrastaria nossos filhos rio abaixo noite adentro.
Foi maravilhoso.
Nós conseguimos. Ele conseguiu. Eu consegui. Superamos o desafio trabalhando em conjunto, e o fato de que a situação exigia tudo o que eu tinha, que eu estava ali com minha família e pela minha família, que eu estava cercada de uma beleza selvagem e reluzente, e que era, bem, um pouco perigosa fez do momento... transcendente. Eu não era mais Stasi. Era Sacagawea, a Princesa índia do Oeste, uma mulher forte e valente.

Em Busca da Alma Feminina, Cap. 1
John & Stasi Edredge

Interessante, John e Stasi, ambos nessa aventura (não programada), foi necessário cada um desempenhar uma função diferente, mas em conjunto. Stasi precisou ajudá-lo com sua força, e John precisou ajudá-la com sua habilidade. Eles, juntos, puderam superar o desafio. Eles conseguiram! Stasi conseguiu! John conseguiu! 
É o presente da unidade. O fruto do companheirismo. A consequência de caminhar juntos, é exatamente isso, superar os desafios não mais sozinhos! Há alguns desafios, que são mais difíceis de vencê-los,  por isso é necessário caminhar juntos. 
Em primeiro esse texto me encanta, pela harmonia que há entre o casal, esposo e esposa. Que seja sempre assim. Que Deus restaure os casais. Que o Senhor restaure o amor. Que seja restaurada a cumplicidade. Mas, esta unidade, não necessariamente é só para um casal, é para todos nós - família, amigos, igreja. Quando, nós aprendermos a sair do nosso individualismo, e começarmos a caminhar com o outro, cooperando uns com os outros, muitos desafios que nos são até mesmo impossíveis poderão ser possíveis. 

Oro por restauração! Sejamos restaurados! Para louvor e glória de Deus!

Paz e Graça,
Priscila G. 


domingo, 8 de março de 2015

Eros


Não devemos obedecer incondicionalmente à voz de Eros quando ele fala como um deus. Nem nos cabe ignorar ou tentar negar a qualidade divina. Este amor é real e verdadeiramente igual ao próprio Amor. Existe nele uma legítima aproximação de Deus (por semelhança); mas não, nem necessariamente, uma proximidade de Abordagem. [...]

Eros, porém, honrado sem reservas e obedecido incondicionalmente, torna-se um demônio. E é justamente assim que ele exige ser honrado e obedecido. Divinamente indiferente aos nossos interesses pessoais, ele é também diabolicamente rebelde a todas as exigências de Deus ou do homem que lhe forem contrárias. 

[...] “No amor”, temos a nossa própria “lei”, uma religião só nossa, nosso próprio deus. Onde um Eros real se faz presente, a resistência às suas ordens representa uma apostasia, e o que são na verdade tentações (pelo padrão cristão) falam com a voz de deveres -’ deveres quase religiosos, atos de zelo piedoso para com o Amor.

Ele constrói sua própria religião à volta dos amantes. Benjamim Constant notou como o amor cria para eles, em poucas semanas ou meses, um passado conjunto que lhes parece imemorial. Recorrem continuamente ao mesmo com espanto e reverência, como os salmistas se reportam à história de Israel. Trata-se de fato do Velho Testamento da religião do Amor; o registro dos juízos e misericórdias do amor em relação aos seus escolhidos se compara ao momento em que eles souberam pela primeira vez que eram amantes. Depois disso, começa o seu Novo Testamento. Acham-se agora sob uma nova lei, sob o que corresponde à Graça nesta religião. São novas criaturas, O “espírito” de Eros sobrepõe-se a todas as leis, e eles não devem “entristecê-lo”.

Esse espírito parece sancionar toda espécie de atos que não teriam ousado cometer de outro modo. Não estou querendo dizer apenas, ou principalmente, atos contra a castidade; pois podem ser também atos de injustiça ou impiedade contra o mundo exterior. Parecerão provas de piedade e zelo para com Eros. O casal pode dizer um para o outro num estado de espírito quase sacrifical: “Foi por amor que negligenciei meus pais - deixei meus filhos - enganei meu cônjuge - abandonei meu amigo na hora de maior necessidade”. Essas razões na lei do amor passaram de todo. O discípulo pode até chegar a sentir um mérito especial nesses sacrifícios; pois que oferta mais valiosa pode ser depositada no altar do que a própria consciência?

E o tempo todo a pilhéria trágica é que este Eros cuja voz parece falar do reino eterno não é, ele mesmo, nem sequer necessariamente permanente, pois notoriamente é o mais mortal de nossos amores. O mundo ressoa com as queixas sobre a sua volubilidade. O que confunde é a combinação desta inconstância com seus protestos de permanência. Estar amando é tanto pretender como prometer fidelidade por toda a vida. O amor faz juramentos não solicitados, não podendo ser impedido de fazê-los. “Serei sempre fiel” são quase as primeiras palavras que profere. Não com hipocrisia, mas sinceramente. Nenhuma experiência irá curá-lo dessa ilusão.

Todos ouvimos falar de pessoas que se apaixonam repetidamente; sinceramente convencidas a cada tentativa que “desta vez é para sempre”, que sua busca terminou, que encontraram seu verdadeiro amor e que serão fiéis até a morte.

Eros porém num certo sentido tem o direito de fazer esta promessa. A ventura de estar amando é de tal natureza que estamos certos em rejeitar como intolerável a ideia de que, o acontecimento talvez seja transitório. De um só pulo ele transpôs a parede espessa do nosso “eu”; tornou altruísta o apetite em si, jogou para o alto a felicidade pessoal como uma trivialidade e plantou os interesses de outrem no centro de nosso ser. Espontaneamente e sem qualquer esforço cumprimos a lei (em relação a uma pessoa) de amar nosso próximo como a nós mesmos. Trata-se de uma imagem, uma antecipação, do que devemos tornar-nos para todos se o próprio Amor imperar em nós sem um rival. Existe até mesmo um preparo para isso. Deixar de amar novamente é - se posso inventar essa feia palavra - uma espécie de desredenção.

Eros é impelido a prometer o que Eros por si mesmo não pode cumprir. Será que vamos nos manter nesse estado de liberdade altruísta a vida inteira? Talvez nem mesmo uma semana. Entre os melhores amantes esta condição é intermitente. O velho “eu” logo mostra não estar tão morto corno parecia como acontece depois de uma conversão religiosa. Em qualquer dos casos ele pode achar-se momentaneamente inconsciente, mas logo se levantará; se não ficar de pé, pelo menos se porá de joelhos; se não rugir, pelo menos vai voltar aos seus resmungos mal-humorados ou seus queixumes. E Vênus escorregará de volta à simples sexualidade.

Esses lapsos não destruirão porém uma união entre duas pessoas “decentes e sensatas”. O casal cujo matrimônio correrá certamente um risco ou talvez venha a ser destruído é aquele que fez de Eros um ídolo. Pensaram que ele tinha o poder e a fidelidade de um deus. Esperavam que esse simples sentimento fizesse por eles tudo o que fosse necessário, e isso permanentemente. Quando essa expectativa não se realiza jogam a culpa sobre Eros ou, no geral, sobre os seus parceiros. Na verdade, porém, Eros, depois de ter feito sua promessa gigantesca e lhe mostrado vislumbres do que seria a sua realização, “fez a sua parte”. Como um padrinho ele faz os juramentos, mas somos nós que devemos cumpri-los.

Cabe-nos fazer as obras de Eros quando ele não se acha presente. Todos os bons amantes sabem disso, embora os que não forem refletidos ou articulados só poderão expressar essa ideia em algumas frases convencionais, tais como: “aceitar de boa mente o lado bom e o mau”, não “esperar demasiado”, ter “um pouco de senso comum”, e outras. Todos os bons amantes cristãos sabem que este programa, por mais modesto que ele soe, não poderá ser executado sem humildade, caridade e graça divinas; que ele é na verdade toda a vida cristã observada de um determinado ângulo.

Eros então, como os demais amores, mas fazendo mais impacto por causa de sua força, doçura, terror e elevado propósito, revela sua verdadeira posição. Ele não pode de si mesmo ser aquilo que deve ser se mantiver como Eros. Ele precisa de ajuda, portanto, precisa ser governado. O deus morre ou se transforma num demônio a não ser que obedeça a Deus. Seria melhor em tal caso que sempre morresse. Mas pode continuar vivendo, impiedosamente acorrentando dois atormentadores mútuos, cada um repleto do veneno do ódio no amor, cada um voraz para receber e implacavelmente recusando-se a dar, ciumento, suspeitoso, ressentido, lutando pelo domínio, determinado a ser livre sem permitir liberdade, vivendo de “cenas”. Leia Ana Karenina e não pense que tais coisas só acontecem na Rússia. A velha hipérbole de os amantes “comerem” um ao outro pode aproximar-se terrivelmente da verdade.

Quatro amores, 
C.S. Lewis 

sexta-feira, 6 de março de 2015

O marido é a cabeça da esposa somente até o ponto em que seja para ela o que Cristo é para a igreja. Deve amá-la como Cristo amou a igreja - leia adiante - e deu sua vida por ela (Ef 5:25). Esta liderança então é mais bem incorporada não no marido que todos desejaríamos ser, mas naquele cujo casamento se assemelha mais a uma crucificação; cuja esposa recebe mais e retribui menos, é menos digna dele, é menos digna de amor (em sua condição natural). Pois a Igreja não tem beleza senão aquela que lhe confere o Noivo; ele não a encontra bela, mas lhe dá beleza. A confirmação desta terrível realeza não se manifesta nas alegrias do casamento de quem quer que seja, mas nas suas tristezas, nas doenças e sofrimentos de uma boa esposa ou nas faltas da esposa má, em seus cuidados incansáveis (e nunca ostentados) ou sua capacidade inesgotável de perdão; perdão, e não aquiescência. Da mesma forma que Cristo vê na Igreja terrena imperfeita, orgulhosa, fanática ou morna aquela Noiva que um dia se apresentará sem mancha nem ruga, e se empenha em produzi-la, também o marido cuja liderança se assemelha à de Cristo (e não lhe é permitida nenhuma outra) jamais desespera. Ele é um rei Cophetua que depois de vinte anos ainda espera que a pequena mendiga aprenda um dia falar a verdade e lavar-se atrás da orelha.
Dizer isto não é afirmar que possa haver qualquer virtude ou sabedoria em fazer um casamento que envolve tanta miséria. Não existe bom senso nem virtude em buscar o martírio desnecessário ou cortejar deliberadamente a perseguição; todavia, é justamente no cristão perseguido ou martirizado que o modelo do Mestre é mais claramente concretizado. Assim sendo, nesses casamentos terríveis, uma vez consumados, a “liderança” do marido, caso possa mantê-la, é mais semelhante a Cristo. [...]

Quatro amores, 
Cap. "Eros", C.S. Lewis

quinta-feira, 5 de março de 2015

A Bíblia

Ela é santa, infalível, verdadeira e completamente leal. (Pv 30:5-6, Jo 1717, Sl 119:89)
Ela é capaz de me ensinar, repreender, corrigir e instruir em justiça. (2 Timóteo 3: 16)
Ela me torna apto e plenamente preparado para toda boa obra. (2 Timóteo 3: 17)
Ela é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho (Salmos 119:105)
Ela me torna mais sábio que os meus inimigos. (Salmos 119:97-100)
Ela me traz estabilidade durante as tempestades da minha vida. (Mateus 7:24-27)
Se eu crer em sua verdade, serei liberto. (João 8:32)
Se eu a esconder em meu coração, serei protegido em tempos de tentação.
Se eu permanecer firme na Palavra, serei verdadeiramente um discípulo de Jesus. (Jo 8:31)
Se eu meditar em suas palavras, serei bem-sucedido. (Josué 1:8)
Se eu guardá-la, serei recompensado e o meu amor aperfeiçoado. (Sl 19:7-11, 1 João 2:5)
Ela é a viva, eficaz e penetrante Palavra de Deus. (Hebreus 4:12)
Ela é a Espada do Espírito. (Efésios 6:17)
Ela é mais doce que o mel e mais desejável que o ouro. (Salmos 19: 10)
Ela é indescritível e para sempre firmada no céu. (2 Coríntios 13:7-8, Salmos 119:89)
Ela é a verdade absoluta sem mistura e sem erro. (João 1717, Tito 1:2)
Ela contem verdades absolutas sobre Deus. (Romanos 3:4, Romanos 1625,27; Colossenses 1)
Ela contem verdades absolutas sobre os homens. (Jr 17:9, Salmos 8:4-6)
Ela contem verdades absolutas a respeito do pecado. (Romanos 3:23)
Ela contem verdades absolutas sobre a salvação. (Atos 4:12, Romanos 10:9)
Ela contem verdades absolutas sobre o céu e o inferno. (Apocalipse 21:8; Salmos 119:89)
Senhor, abre os meus olhos para que eu veja a verdade e os meus ouvidos para ouvirem a verdade. Abra meu coração para recebê-la pela Fe. Renove a minha mente para guardar a esperança. Entrego a minha vontade para que eu possa viver a Tua Palavra em amor. Lembra-me que sou responsável quando a ouço. Ajuda-me a querer obedecer o que o Senhor diz através da Palavra. Transforme a minha vida para que eu venha conhecer a Tua Palavra. Aflija meu coração para que eu compartilhe a Tua Palavra. Fale agora Senhor. Da-me paixão para conhecer e seguir a Tua vontade. Nada mais. Nada menos. Apenas isso.

Trecho retirado do livro: 
O Desafio de Amar, BV Filmes.

quarta-feira, 4 de março de 2015

You See, Jonathan David Helser

Você vê 

Eu vejo uma montanha
Você vê um milagre
Eu vejo um deserto
Você vê um jardim
Eu vejo ossos secos
Você vê um exército
Eu vejo impossível
Você vê tudo

Eu vejo uma semente
Você vê uma colheita
Eu vejo a água
Você vê o vinho
Eu vejo o quebrado
Você vê seu corpo
Eu vejo meu inimigo
Você vê seu escabelo

Você é o eu sou, mas eu tenho
Sido tão cego todo esse tempo
Meu Deus toque-me, eu quero
Ver do jeito que você vê

Eu vejo meus pecados
Você peca seu sangue
Eu vejo um bebê
Você vê um salvador
Eu vejo minhas falhas
Você vê redenção
Eu vejo um mendigo
Você vê um filho

Eu vejo meu pai
Você vê seu filho
Eu vejo um pastor
Você vê seu cordeiro
Eu vejo meu salvador
Você vê sua alegria
Eu vejo seus olhos
Olhando fixamente para os meus



Várias vezes ficamos aprisionados dentro de uma visão limitada e pequena. Nos esquecemos, e sempre, por causa das circunstâncias nada fáceis que surgem no meio do caminho, o quão grande o Senhor é. O medo não apenas nos paralisa, como nos cega. 

Nessa canção é fantástico ver como Deus se revela ao homem. O homem no começo não conseguia ver direito, porém á medida que o homem abre seu coração para Deus, com sinceridade, o Senhor se revela a Ele.

Podemos ver entre Deus e o homem, um diálogo, "O homem diz: Deus eu vejo apenas uma montanha! E Deus diz: Mas eu vejo um milagre!". E, á medida que esse dialogo prossegue, o homem vê Deus (Deus se revelou ao homem!). O senhor se revela como um pai, pastor e salvador.

E, quão maravilhoso é vivenciar um diálogo como esse, com convicção de que Deus nos olha nos olhos! Aleluia! Louvado seja Deus, sempre e sempre!

Que o Senhor se revele a nós todos os dias! Pai nos dê olhos para vê e ouvidos para ouvir! 

Paz e Graça,
Priscila. 

Oração Ineficaz x Oração eficaz

DEZ COISAS QUE BLOQUEIAM A ORAÇÃO

1. Orar sem conhecer a Deus por meio de Jesus
"Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim". João 14:6

2.Orar com o coração que não expressa arrependimento
"Se eu tivesse guardado iniquidade no meu coração, o Senhor não me teria ouvido;
mas, na verdade, Deus me ouviu; tem atendido à voz da minha oração". Salmos 66:18-19

3. Orar para aparecer 
"E, quando orardes, não sejais como os hipócritas; pois gostam de orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa". Mateus 6:5

4. Orar com palavras repetitivas e vazias 
"E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes". Mateus 6:7-8

5. Orações não feitas 
"Cobiçais e nada tendes; logo matais. Invejais, e não podeis alcançar; logo combateis e fazeis guerras. Nada tendes, porque não pedis". Tiago 4:2

6. Orar com coração ambicioso 
"Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites". Tiago 4:3

7. Orar enquanto maltrata seu cônjuge 
"Igualmente vós, maridos, vivei com elas segundo a ciência, como sendo vaso mulheril mais fraco, dando-lhes honra como a herdeiras juntamente convosco da graça da vida, para que as vossas orações não sejam impedidas". 1 Pedro 3:7

8. Orar enquanto ignora o pobre 
"Quem tapa o seu ouvido ao clamor do pobre, também clamará e não será ouvido". Provérbios 21:13

9. Orar com amargura no coração por alguém 
"Quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que também vosso Pai que está no céu, vos perdoe as vossas ofensas.
{Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está no céu, não vos perdoará as vossas ofensas.}" Marcos 11:25-26

10. Orar sem Fe no coração 
"Peça-a, porém, com fé, não duvidando; pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, que é sublevada e agitada pelo vento.Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa, homem vacilante que é, e inconstante em todos os seus caminhos". Tiago 1:6-8

DEZ COISAS QUE TORNAM A ORAÇÃO EFICAZ

1. Orar pedindo, buscando e batendo
"Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á. Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?" Mateus 7:7-8,11

2. Orar com fé 
"Por isso vos digo que tudo o que pedirdes em oração, crede que o recebereis, e tê-lo-eis." Marcos 11:24

3. Orar em secreto 
"Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará." Mateus 6:6

4. Orar segundo a vontade de Deus
"E esta é a confiança que temos nele, que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve." 1 João 5:14

5. Orar em nome de Jesus 
"e tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei." João 14:13-14

6. Orar em concordância com outros crentes 
"Em verdade vos digo: Tudo quanto ligardes na terra será ligado no céu; e tudo quanto desligardes na terra será desligado no céu. Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus."  Mateus 18:18-19

7. Orar enquanto jejua
"E, havendo-lhes feito eleger anciãos em cada igreja e orado com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido." Atos 14:23

8. Orar com uma vida em obediência 
"Amados, se o coração não nos condena, temos confiança para com Deus;" 1 João 3:21

9. Orar firme em Deus e em Sua Palavra
"Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito." João 15:7

10. Orar enquanto deleita-se no Senhor 
"Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração." Salmos 37:4

Trechos retirado do livro, 
O Desafio de Amar, BV filmes.

Vulnerável

Depois de anos ouvindo o grito do coração das mulheres, estou convencido, sem sombra de dúvida, disto: Deus deseja ser uma prioridade para alguém. Como pudemos ignorar isso? De ponta a ponta, do começo ao fim, o grito do coração de Deus é: "Por que vocês não me escolhem?" Para mim, é surpreendente ver como Deus é humilde e vulnerável neste ponto. "Vocês me acharão", diz o SENHOR, "quando me procurarem de todo o coração" (Jeremias 29:13). Em outras palavras: "Busquem-me, sigam-me — quero que vocês vão atrás de mim." Maravilhoso. Como diz Tozer: "Deus espera ser desejado." 

[...] Assim Deus dota a mulher de certas qualidades que são essenciais para o relacionamento, qualidades que falam de Deus. Ela é atraente. E vulnerável. E terna. Personifica a misericórdia. Também é impetuosa e impetuosamente dedicada. Como diz o velho ditado: "Não há fúria no inferno igual à de uma mulher desprezada." E exatamente assim que Deus age quando não é escolhido. "Eu, o SENHOR, o teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo... [aqueles] que me desprezam" (Êxodo 20:5). O zelo justo de uma mulher fala do zelo de Deus por nós. Terno e atraente, íntimo e encantador, impetuosamente dedicado. Ah, sim, nosso Deus tem um coração apaixonado e romântico.

Em busca da alma feminina, 
JOHN & STASI ELDREDGE. 


terça-feira, 3 de março de 2015

Entrando no ambiente de descanso

Ontem eu assisti um vídeo no youtube, cujo o tema é "Entrando no ambiente de descanso". Uma conhecida me indicou para assistir. E, hoje estou aqui para compartilhar o vídeo com você. Que venhamos descansar de verdade em Jesus! 

"Portanto, tendo-nos sido deixada a promessa de entrarmos no seu descanso, temamos não haja algum de vós que pareça ter falhado. Porque também a nós foram pregadas as boas novas, assim como a eles; mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não chegou a ser unida com a fé, naqueles que a ouviram. Porque nós, os que temos crido, é que entramos no descanso, tal como disse: Assim jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo; pois em certo lugar disse ele assim do sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as suas obras; e outra vez, neste lugar: Não entrarão no meu descanso. Visto, pois, restar que alguns entrem nele, e que aqueles a quem anteriormente foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência, determina outra vez um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, depois de tanto tempo, como antes fora dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações. Porque, se Josué lhes houvesse dado descanso, não teria falado depois disso de outro dia. Portanto resta ainda um repouso sabático para o povo de Deus. Pois aquele que entrou no descanso de Deus, esse também descansou de suas obras, assim como Deus das suas. Ora, à vista disso, procuremos diligentemente entrar naquele descanso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência. Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas. Tendo, portanto, um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou os céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno." Hebreus 4:1-16

(O início da pregação começa em 10:39 min)

E gostaria também de deixar duas sugestões de músicas para ouvir:
  • "Essa paz que sinto em minh'alma" versão da Igreja Maranata Cristã ou conhecida também como "Não olho as circunstâncias" versão do Diante do trono.
  • "Há um lugar" versão Heloísa Rosa. 
Paz e Graça,
Priscila G.  03-03-2015






Doutrinas de homens, separa os homens...

Se Cristo é quem nos une por que ainda insistimos em nos separarmos? 

Após a queda de Adão, o pecado passou a habitar no homem, e sabe-se que Cristo, o Deus que se fez carne, habitou entre nós, morreu uma morte de Cruz, e ressuscitou no terceiro dia, exatamente para que houvesse reconciliação entre Deus e a humanidade. Portanto, o homem ser falho, não é surpresa para Deus. Jesus veio exatamente para reconciliar o homem com Deus, e através de Jesus, sermos capazes de amar o outro. 

Quando ouve-se a respeito de divisões nas famílias, igrejas, entre amigos, divisão atrás de divisão,  há motivo para o desespero! A Bíblia declara em Marcos 3:25 e Lucas 4:27 que uma casa dividida não pode permanecer. A divisão trás consigo, a queda. Então, as consequências da divisão é a destruição do casamento, da família, da aliança entre amigos, de ministérios, etc.

Diante das vãs conversações e discussões tolas, imagino Deus da seguinte maneira: Vejo Ele como um Pai. Imagine, a seguinte cena, onde um Pai vai até a cozinha, e vê sua pequena criança, colocando a mão sobre um forno que está muito quente, o pai já havia pedido ao filho para não chegar perto do forno, e tão pouco encostar no forno, pois certamente, se o filho fizesse isso, seus dedos seriam queimados. Mas, o filho, não ouviu o Pai, ele continua pronto para arriscar-se, e colocar a mãozinha pequena no forno quente. Porém, o Pai chega bem na hora, balança a cabeça de um lado para o outro, e então, pega a criança, e naquele exato momento, ele interfere na ação do filho. Porque ele não quer ver a criança com as mãos queimadas. O pai em seguida, chamará a atenção do seu filho. Porque qual o pai que ama, não vai disciplinar seu filho? 

E, em alguns momentos da nossa vida, eu vejo Deus agindo da mesma forma. Ele deixa o homem ir semeando divisão por onde passar, porém, haverá o momento em que Deus, se levantará em favor de sua igreja, e vai intervir na ação do homem e do diabo. Eu creio que diariamente Deus está fazendo isso em favor da sua noiva amada. Intervindo aqui, intervindo acolá. Mas, um dia Ele vem buscar sua noiva. E, o reinado de Deus, será pleno no meio do teu povo! Glória a Deus por isso!

Doutrinas de homens, separa os homens. E essas separações são causadas por causa de um "eu acho que", "eu tenho certeza que", "o meu pensamento a respeito de Deus é absoluto", "intolerância de um para com o outro", "impaciência com o mais fraco na fé", "falta de sabedoria para respeitar a opinião do outro", "superioridade", "arrogância", etc. A divisão é fruto da soberba. É fruto do Orgulho. 

Há uma verdade absoluta. Eu creio nisso. Há um só Deus. Um só batismo. Uma só fé. É importante o conhecimento a respeito de Deus. É importante buscar conhecer quem é Deus. A bíblia é o manual mais seguro para conhecer Deus. Ouvi recentemente algo que diz que "bíblia interpreta a própria bíblia", tudo o que precisamos conhecer sobre Deus está na bíblia. E, e a escritura não é um livro, para ser lido, apenas uma única vez, a nossa tarefa é meditar na bíblia, ler as escrituras, pelo resto das nossas vidas. E, não buscar lê-la sozinha, mas, orar a Deus, para que o Espírito Santo, nos ajude a interpretar a bíblia da maneira correta e coerente. 

Senão estivermos unidos em Deus, seremos facilmente enganados através de doutrina humana e carnal. Muitas pessoas, vão arrumar argumentos bons, muitos bons, para defender sua teoria a respeito do assunto. E, por causa disso, temos ai, divisões e divisões causadas pelo homem. Não podemos no entanto esquecer que Deus revela seus segredos, aos seus amigos. É no relacionamento com Deus, que seremos despertado para a realidade do que Deus está fazendo hoje. Quem Ele é. Qual o desejo do coração dele. Deus quer compartilhar isso com o homem. Deus se revela nas escrituras sagradas e por meio do nosso relacionamento com ele. 

A vontade de Deus é que o homem ande com Ele. Noé andou com o Senhor. Muitos outros andaram com o Senhor. Ele deseja que nós, venhamos andar com Ele, em UNIDADE.

Então, quando tudo está para ser destruído e arruinado pela mão do homem, o Senhor vem! Ele intervém com graça, majestade, resplendor, glória, poder e amor. Ele vem e concerta tudo! Deus estabelece a unidade entre os homens. Ele restaura o coração do homem. E, aquilo que Deus uniu o homem não poderá mais separar. Deus tem para si uma igreja gloriosa. A porta do inferno não há de prevalecer contra a Igreja do Senhor! E tão pouco o homem será capaz de arruinar o plano e projeto de Deus. Deus é Deus. E o homem é  pó. 

Somos um em Cristo. Jesus nos justifica. E a sua graça é suficiente. E não existe nada maior e mais eficaz que o sangue do cordeiro que foi derramado na cruz, pela Igreja. Então, nada poderá nos separar do amor de Jesus. Vamos orar igreja, pela unidade do povo de Deus. Vamos orar uns com os outros e uns pelos outros. Vamos orar para que Deus nos faça referência para nossa geração. Referência de família, igreja, amigos, etc. E, que sejamos um só com o Senhor. E, um só, uns com os outros. Tarefa fácil? Não! Mas, por meio do Espírito Santo, tudo é possível. 

Pai, venha unir nossas famílias e igrejas. Derrame mais do seu amor sobre nossos corações. Nos ensine a andarmos em humildade. Repouse sobre nós com espírito de sabedoria e entendimento, conselho e fortaleza, conhecimento e temor. Amém. 

Priscila G.
31-01-2015

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