domingo, 30 de novembro de 2014

Isso é tudo o que te peço

Durante a leitura do livro "Em busca da alma feminina dos autores John & Stasi Eldredge", a Stasi em um certo momento do livro, escreveu o seguinte:
"Uma amiga acabou de me dizer que sua música favorita no momento é All I ask of you"  do filme, O fantasma da ópera!”.  
E, então eu tive a curiosidade de conhecer essa música, não somente a melodia, mas principalmente, a letra.  E, após conhecê-la, eu simplesmente fiquei encantada! Ao ouvir essa música o meu coração se encheu de alegria!
Coloquei-me por um momento, no papel de Christine, representando a Igreja de Cristo, e coloquei Jesus, no lugar de Raoul. (E, quando ouvir essa música, faça você o mesmo, imagine em cena, O noivo Jesus e a sua noiva amada, a Igreja. Você como Igreja e Ele, Jesus cortejando você. E você retribuindo ao amor de dele). É maravilhoso contemplar a música por esta ótica. 
No final da música eu simplesmente exclamei: "Jesus como você é tão romântico, e é tão lindo!"
Se nós repararmos cuidadosamente a letra dessa música, é possível percebemos o quanto ela nos aproxima de Jesus. Vejamos: Jesus deu fim a toda escuridão, Ele nos livrou de todo o medo, no amor não há medo, o amor lança fora todos os temores! Ele veio trazer liberdade, Ele nos libertou! Ele nos resgatou para Si! E,  Ele nos garantiu companhia, hoje e para sempre! Ele é a nossa segurança e proteção! 
Isso é maravilhoso! É lindo demais! E, o que foi declarado aqui, encontra-se apenas na primeira estrofe da música! 
Nós temos um Noivo romântico! Um Noivo que quer estar conosco! E que nos ama verdadeiramente! Um Noivo que nos amou e se entregou por nós! Como retribuir á esse tão sublime amor? A este amor tão puro e tão verdadeiro?
Nós na posição de Igreja, também, como Christine temos a necessidade de afirmação. E, á medida que nós aproximamos de Jesus, nós somos afirmadas com Seu grande amor e zelo!  Jesus, nosso amado noivo, confirma em nosso coração o nosso valor.
E, essa canção em seu sentido original, ou seja, a declaração do homem para a mulher e vice versa, é do mesmo modo admirável. A música continua bela olhando por este aspecto. Temos a passagem, onde Paulo ensina aos homens a amarem suas esposas como Cristo amou e se entregou pela Igreja. E, ensinou ás mulheres que fossem submissas aos seus maridos, e por meio dessa música, pode-se ver uma mulher que se submete á segurança de estar com este homem, ela o vê como um porto seguro, e irá confiar sua vida á ele.  

Resumindo, essa música é linda independente da maneira que a olhamos. Ela é uma poesia cantada! 

Então, apreciemos a música:

The phantom of the Opera - All I ask of you 




Raoul
Não vamos mais falar da escuridão
Esqueça esses medos
Eu estou aqui, nada pode prejudicá-la
Minhas palavras aquecerão e acalmarão você
Deixe-me ser sua liberdade
Deixa a luz do dia enxugar suas lágrimas
Eu estou aqui, com você, ao seu lado
Pra te proteger e te guiar.

Christine
Diga que me amará a todo momento
Desvie meus pensamentos com conversas sobre o verão
Diga que precisa de mim agora e sempre
Prometa-me que tudo que diz é verdade
Isso é tudo o que te peço!

Raoul
Deixe-me ser seu abrigo
Deixe-me ser sua luz
Você está segura
Ninguém te encontrará
Seus medos estão longe.

Christine
Tudo o que eu quero é a liberdade
Um mundo sem noites
E você sempre ao meu lado
Para me proteger e me esconder

Raoul
Então diga que você vai compartilhar comigo
Um amor, uma vida
Deixe-me levá-la de sua solidão
Diga que precisa de mim, do seu lado
Em qualquer lugar que você vá, deixe-me ir também
Isso é tudo o que te peço!

Christine
Diga que você compartilhará comigo
Um amor, uma vida.
Diga a palavra e eu seguirei você.

Christine & Raoul
Compartilhe comigo cada dia, cada noite, cada manhã.

Christine
Diga que me ama.

Raoul
Você sabe que sim.

Christine & Raoul
Me ame
Isso é tudo o que te peço!
Em qualquer lugar que você vá,
deixe-me ir também.
Me ame

Isso é tudo o que te peço!

Paz e Graça, 
Prisca G. 
29/11/2014

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Dedicação

Qual o significado de dedicação? Antes de continuarmos, é importante que haja uma definição mais clara a respeito desse assunto que estaremos abordando hoje.
Significado de Dedicar
Consagrar.Tributar; oferecer; destinar.
Sacrificar-se por; destinar-se; devotar-se.
Significado de Dedicação
Ação ou efeito de dedicar ou de se dedicar;Característica, particularidade, estado ou comportamento da pessoa que se dedica a (alguém ou alguma coisa); desvelo. Ação ou efeito de dedicar; devoção. Expressão de amor; que demonstra excesso de afeição ou consideração;
Sinônimo de dedicação: afeição, desvelo e devoção;
Antônimo de dedicação: desleixo, desinteresse, descuido, menosprezo;
Fonte: http://www.dicio.com.br/


Dedicação diz muito á respeito do que há dentro de nós. Quando nos dedicamos á algo, pressupõe-se que o objeto da nossa dedicação é muito importante para nós. Vejamos alguns exemplos: "Se eu tenho um desejo muito grande de aprender inglês, vou me dedicar o máximo para adquirir este conhecimento, vou disponibilizar tempo para fazer exercícios, ver vídeos, treinar a pronúncia, etc". "Se eu tenho uma paixão por música da minha parte haverá dedicação de tempo para aprender música, sabe-se que qualquer instrumento musical, exige treinamento, e portanto dedicação". "Se meu sonho é ser médica terei que dedicar tempo para os estudos (e não é pouco tempo)".
Tudo na vida, exige de nós tempo e dedicação. E, naturalmente dedicamos mais tempo para aquilo que nós gostamos, ou para aquilo que julgamos ser importante e em muitos outros casos dedicamos tempo aquilo que é necessário, por exemplo, um pai de família, precisa sustentar sua família, trazer o pão de cada dia, este pai, ainda que não goste de trabalhar, ele têm a consciência de que isso é necessário, e portanto, trabalhará.
Amigos, namorado, marido, esposa, filhos, todos exigirá de mim, de nós, tempo e dedicação. Não é verdade?
Pois bem... E, o que diremos pois, das pessoas que amam a Jesus? Que verdadeiramente gostam de Jesus, e que acham de suma importância o evangelho do reino?
Quando uma pessoa é apaixonada por Jesus, ela dedica tempo para estar com Jesus, para relacionar-se com Ele. Essa pessoa dedicará tempo para ler as escrituras, estudar a Bíblia, dedicará tempo para a leitura de livros que as auxilie no seu aprendizado sobre Jesus. Dedicará tempo para ouvir pregação de pessoas que vão leva-las para perto de Jesus. Essas pessoas vão querer estar próximas de outras pessoas que as conduzam e as ajudam á caminhar com Deus.
Ao ler biografias de homens e mulheres que relacionaram com Deus, pessoas que fizeram a diferença na sua geração, existe algo em comum a todos eles, que é o amor e a dedicação. Essas pessoas investiram suas vidas para viver um relacionamento com Cristo. Elas entendiam o seu papel de noivas de Cristo.
Nossa ação é, em muitos casos, mais importantes do que as nossas palavras. Porque a nossa ação é capaz de mostrar o que há dentro do nosso coração. Há muitas palavras sendo ditas por ai que não condiz com á realidade da pessoa que a diz. Há muitas palavras bonitas, muitos elogios... E há muita mentira também... 
Muitos líderes religiosos pregam com persistência sobre o dízimo e ofertas, dedicam horas pregando a importância de darmos mais do nosso dinheiro (eu, particularmente, não sou contra o dízimo ou a oferta), no entanto, quantos falam sobre a importância de darmos o dízimo do nosso tempo para Deus? Quantos pregam sobre o relacionamento entre o Noivo (Cristo) e a noiva (Igreja)? 
O nosso Deus é vivo e pessoal. Na bíblia Deus é conhecido como Pai, Esposo, Irmão, Filho, amigo... O nosso Deus tem sentimentos, Ele é pessoal! Ele deseja estar conosco, ele tem prazer em nos ouvir. Jesus é apaixonado por nós. Nós temos um Deus que está constantemente nos cortejando e nos presenteando. Isso é fantástico!


O que Deus quer de você?


Estou procurando pelo desfiladeiro.
É seu nome que estou chamando.
Embora você esteja tão distante
Sei que ouve minha súplica.
Por que não me responde?
Aqui estou.
Aqui estou.

Emmylon Harris, Here I am
O nosso Noivo é o Deus de glória, Ele não precisa de nós, Ele é suficiente em si mesmo, e mesmo assim, Ele deseja a nossa companhia, e quer sorrir conosco e enxugar nossas lágrimas... Ele quer chorar conosco também, cuidar de nós. Ele quer estar em nossa companhia... Isso é não é assombroso? Isso não é maravilhoso?




"Noivo simplesmente significa prometido. Essa é a mais íntima de todas as metáforas que Jesus escolheu para descrever seu amor e desejo por nós, e o tipo de relacionamento para o qual ele nos convida".

Em busca da Alma feminina, John & Stasi Eldredge



Eu a amei com amor eterno. 
Assinado, Deus (Jeremias 31:3)

E o que me preocupa é o fato da nossa geração não estar correspondendo a este amor. Me preocupa ver uma geração de "crentes" mornos e vazios de Deus. Estamos vazios de Deus e cheios do mundo: Cheios de vaidade, cheios de egoísmo, cheios de orgulho, cheios de soberba, cheios de si mesmo, cheios do desleixo (o oposto da dedicação).
Uma geração onde Jesus não têm sido o centro. Uma geração onde a nossa realidade tem sido: “busquem as outras coisas em primeiro lugar” e “o reino de Deus será acrescentado”. Estão invertendo os princípios. Está errado! Então, eu me pergunto, o que está acontecendo com nós? Não há desespero em nós pela presença de Deus! Não há um clamor genuíno! Não há amor! Não há dedicação! Não há devoção!
"Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente." (Mateus 6:6)
O desejo de Deus em estar com você é tão grande... que Ele promete te recompensar por isso. Dá para compreender? Um amor tão grande como o amor de Deus por mim e por você? Um amor que diz "Fique comigo", um amor que diz "Eu te recompenso", "Eu sou tão feliz quando estou com você minha noiva". Que amor é esse? Não é pela recompensa que vamos correr para nosso quarto, e sim por amor... Porque não há palavras quando olhamos para um Deus tão amoroso quanto este. O amor de Deus nos constrange. 

"Deus nos perdoe. Perdoe nossos pecados. Perdoe a dureza do nosso coração. Perdoe tanto desleixo da nossa parte. Senhor tenha misericórdia de nós. Desperta em nós o anseio por mais do Senhor. Por mais da Sua presença. Nos dê a alegria de estar com você, apenas com você, sem sem nenhum obstáculo entre o Senhor e nós. Levanta, oh Jesus, uma geração sedenta por ti e apaixonada por Ti! Senhor arrebata o nosso coração. Tome-o para Ti!" Amém

Prisca Lima,
24/11/2014

domingo, 16 de novembro de 2014

Anseio por Ti, Jesus

Meu coração anseia por Ti,
Sei que deseja viver um romance comigo,
Então, por que o meu coração foge de Ti?
Assim como Eva no Jardim se escondeu do Senhor,
Eu me escondo em meus medos e inseguranças,
Por que eu não entrego por completo o controle de tudo
em Tuas mãos?

Ah, Jesus.
Lindo e amado Jesus,
Torna o meu coração cativo a Ti, 
Toma a minha vida,
Busca-me... Encontra-me...
Como um noivo apaixonado, 
encontre o meu coração, e 
desperte o que há de melhor em mim,
Me leva para junto de Ti,
Para mais perto, bem perto...
Pois eu quero ouvir as batidas do Teu coração,
Segurar em suas mãos, sentir o Teu perfume.
Me agarrar na certeza de que eu não estou só...
Eu quero amar a Ti...
Com toda a minha alma e com todas as minhas forças.

Eu pertenço a Ti.
Prisca Lima 

sábado, 15 de novembro de 2014

O QUE DEUS QUER DE VOCÊ?


Estou procurando pelo desfiladeiro.
É seu nome que estou chamando.
Embora você esteja tão distante
Sei que ouve minha súplica.
Por que não me responde?
Aqui estou.
Aqui estou.

Emmylon Harris, Here I am [Aqui Estou] 

O que Deus quer de você? 


Ele quer a mesma coisa que você quer. Quer ser amado. Quer que você o conheça do mesmo modo que somente os amantes podem se conhecer. Quer intimidade com você. Sim, sim, ele quer sua obediência, mas somente quando ela flui de um coração cheio de amor por ele. “Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama” (João 14: 21). Seguir Jesus de perto é a resposta natural do coração quando esse coração foi cativado e está profundamente apaixonado por ele.


- Em busca da alma feminina, John & Stasi Eldredge. 

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

MÚSICA PROFÉTICA por Clive Garrett

Ainda há de se ouvir no meio do povo de Deus uma expressão de música que nos comoverá e nos desafiará além das nossas emoções naturais. Esta música não consistirá de belos hinos sobre nossas doutrinas ou idéias. Ao contrario, ela nos elevará e nos colocará na presença do Rei dos reis. Este artigo nasceu da convicção de que temos dado apenas um fraco início na área de música profética. Existe uma esfera musical totalmente nova a ser descoberta.

Antes de falarmos sobre música profética, devemos estabelecer alguns princípios. Profecia tem a ver com comunicação. Ela toma daquilo que está no céu e o traz para a terra. Profecia é Deus expressando o seu coração e a sua carga para o seu povo. Tem a ver com o propósito final de Deus de ver o seu reino estabelecido na terra através do seu povo. Pode ser uma palavra específica a um indivíduo ou grupo, ou pode expressar princípios que Deus quer desenvolver na igreja inteira. Profecia também é Deus tornando sensível a sua presença. O que ele tem a dizer não pode ser analisado e nem dissecado. Profecia comunica o Espírito de Deus e por isso exige uma resposta espiritual e não analítica.

Profecia geralmente vem em forma de palavras. Como pode então ser profética uma seqüência de notas musicais? Seria fácil responder que as palavras de uma profecia podem ser cantadas ou que pode se escrever um cântico que expresse o que Deus quer falar, mas isso seria incompleto. A música é uma forma de expressão que é diferente das palavras, mas ao mesmo tempo as complementa. Transmite o “sentimento” de uma coisa. Cria um espírito no ambiente e comunica uma emoção. Ao mesmo tempo, ela não compete com a palavra oral pois temos percebido que a palavra em si transmite espírito e não teoria.

Os teólogos alemães Karl Barth e Rudolf Bultmann colocavam grande ênfase na palavra falada como a maneira que Deus se. comunica. Preferiam a música de Mozart à de Bach porque podiam simplesmente apreciar Mozart, enquanto Bach procurava “pregar” demais através da sua música. Em contraste com isso, precisamos ver que a música pode oferecer uma plataforma para a palavra oral de Deus e pode fazer parte dessa palavra.

A música pode comunicar o espírito do que Deus está dizendo à igreja utilizando-se das emoções em vez da mente como caminho para o espírito do homem. A carga do coração de Deus não é uma série fria e predeterminada de afirmações divinas. Precisamos reconhecer o papel das emoções para se ouvir a palavra de Deus. Ele é o Todo-poderoso Senhor de toda a criação que tem um glorioso propósito a realizar. É, portanto, totalmente impróprio responder a sua revelação de uma maneira impassível. Precisamos mais e mais ser comovidos pelo que Deus tem para nos dizer. Seria errado se nossa resposta não fosse além das emoções. Entretanto, uma liberação dos nossos sentimentos acompanhando a nossa vontade vai ajudar e não impedir a nos apropriarmos de tudo que Deus tem para nós.

A música tanto pode tocar as nossas emoções como prover um meio para a emoção se expressar. Uma música que estamos ouvindo pode resumir e expressar tudo que nós mesmos estamos sentindo na nossa busca de Deus. Ela pode também transmitir o que Deus está sentindo de uma maneira que não pode ser definida. Assim como Deus não pode ser limitado nem preso, da mesma forma a música não pode ser restrita. Quando o Espírito de Deus está se movendo, uma música profética pode produzir muitos sentimentos e estados de ânimo diferentes no ambiente. Há muitas nuanças diferentes na música quando Deus toma conta dela. A despeito do que dizem os manuais de música, o tom menor nem sempre expressa tristeza!

Um dos papéis mais importantes da música profética é tomar a palavra de Deus e expressá-la de uma forma diferente. Um cântico profético, por exemplo, pode pegar uma mensagem profética de uma hora e expressá-la em cinco minutos. Isso não é mérito ou demérito para nenhuma das formas de ministério; é simplesmente a criatividade de Deus se expressando de diversas maneiras. Uma olhada em Êxodo 15 nos mostrará que no cântico de Miriã foi dito em um versículo o que Moisés levou um capítulo inteiro para dizer. Ela respondeu profeticamente à declaração da vitória de Deus através de Moisés. Ela inspirou outros a expressar em cântico o que ela mesma vira de Deus.

Aqueles que possuem um espírito profético podem assumir um papel especial em relação à música se Deus lhes tiver concedido dons neste sentido. E evidente que alguns dos profetas do Velho Testamento usavam cânticos proféticos como uma das muitas formas em que sua carga era transmitida. Isaías exprimiu sua mensagem profética num cântico sobre a vinha (Is 5:1 ss), e pelo que parece Ezequiel usava cânticos proféticos e música freqüentemente (Ez 33:32). Isso pode incluir tanto músicas preparadas como totalmente espontâneas.

Há ocasiões em que o Espírito Santo concede um cântico ou música ao seu profeta no ambiente de louvor. É comum Deus usar aqueles que têm talento musical para isso, mas sempre haverá exceções quando Deus escolhe revelar seu poder dando um cântico para quem não tem ouvido musical! É mais provável, porém, que Deus irá ampliar sobrenaturalmente os dons musicais que já deu a alguém ao invés de dar um cântico para uma pessoa que basicamente não tem talento musical.

Geralmente a música espontânea funciona a partir de um alicerce de muita preparação. Se quisermos expressar espontaneamente na música o que Deus está sentindo, então precisamos dar atenção ao desenvolvimento de habilidades técnicas. O profeta musical precisa depender de Deus no seu treino musical assim como em outras áreas de sua vida. O treino não anula a espontaneidade, ao contrário, abre possibilidades para maior espontaneidade. Se você pode tocar acordes no violão, então Deus vai usar os seus acordes. Mas se você pode tocar escalas e arpejos além de acordes, então você está oferecendo a Deus uma extensão maior de capacidade musical através da qual ele pode se expressar.

Também precisamos fugir da idéia que quando preparamos algo de antemão, automaticamente deixa de ser profético. Bruce Yocum escreve: “…você não pode compor uma música profética, só pode recebê-la” (PROFECIA, pg 92). Entretanto, isso restringe excessivamente a criatividade de Deus. Deus deseja se envolver tanto na composição de músicas que expressem o seu coração como nas músicas que são totalmente espontâneas. Receber uma palavra de Deus nem sempre é como um lampejo deslumbrante. Freqüentemente vem com o senso que Deus deseja falar alguma coisa, e envolve o profeta numa busca de clareza sobre aquilo que Deus está falando. Em outras palavras, receber uma profecia muitas vezes envolve meditação e diálogo com Deus.

Podemos dizer o mesmo sobre música profética. Muitas vezes pode haver uma percepção que Deus nos quer comunicar algo na música, mas pode levar tempo para chegar. Uma vez gastei mais de duas semanas em comunhão com Deus a respeito de uma determinada carga para compor uma música profética. Em outras ocasiões tenho recebido a música inteira no prazo de uma única noite. Há algumas cargas que carregaremos até mesmo por anos antes de vir a hora certa para liberá-las em música para o povo de Deus. Estejamos abertos para Deus usar diferentes métodos de inspiração em ocasiões diferentes!

Uma das coisas mais importantes que devemos reconhecer é que geralmente profetizamos daquilo que Deus já nos deu e daquilo que Deus já operou nas nossas vidas. Um cântico ou composição musical não é profético se independentemente decidirmos sentar-nos para compor alguma coisa. Como na profecia verbal, assim também na música precisamos esperar em Deus para saber o que ele tem para dizer à igreja. Em última análise é somente isso que garante que a nossa preparação e treinamento técnico não dominarão e deslocarão a realidade de Deus da nossa música.

Não podemos compor música profética se não conhecermos o coração de Deus em relação aos seus propósitos. Se tentarmos meramente escrever músicas cristãs aceitáveis, terão um som de “segunda mão”. As pessoas vão saber que não estamos realmente experimentando o que estamos cantando. Já que a vida inteira do profeta é singularmente ligada com Deus, ele descobrirá que Deus exigirá dele aquilo que expressou na música, assim como ele faz com nossas palavras. Ele pode descobrir que custa caro escrever músicas proféticas. É preciso experimentar alegria para compor músicas alegres, mas como fazer com a tristeza? O profeta precisa entrar na angústia e desapontamento de Deus se ele quiser comunicar essas coisas ao povo de Deus. Semelhantemente, um cântico sobre a experiência de “deserto” vai cumprir-se na vida do profeta um dia. A composição de músicas pode ser perigosa!

Pode-se perceber do que foi dito que não podemos ser ingênuos na nossa aplicação da música. Precisamos reconhecer que três acordes no violão não podem expressar tudo! Precisamos também ver a música profética como uma parte integral do que Deus está fazendo em nossa vida, e não como um mero complemento que forma a parte agradável das nossas reuniões. Mais e mais precisamos ter expectativa de que a música profética será um acontecimento nas nossas vidas e que mudará o nosso rumo, e não apenas será algo para nos abençoar. Muitas pessoas me dizem que minhas músicas as abençoaram. Sinto, porém, que o sinal de que realmente consegui atingi-las será quando alguém chegar para mim enfurecido por causa de algo que expressei na música!

A verdade sobre a nossa situação atual é que tanto em termos de habilidade técnica como em composição (embora talvez não em expressão lírica e poética) o mundo secular é melhor do que nós. Também tem mais dinheiro para empregar na composição de melhores músicas do que temos à disposição na igreja. O objetivo de Deus é inverter essa situação, mas nunca o conseguiremos fazendo de conta que somos melhores do que realmente somos.

Uma das coisas que nos restringem é o nosso conceito musical bitolado. Se quisermos compor música criativa, nova e cheia de vida, que comunica algo de Deus, teremos que ir além da distinção entre música clássica e popular. Deus não tem compromisso com estilo nenhum! Precisamos ampliar o alcance da nossa percepção musical. Por que supomos ingenuamente que a música existe simplesmente para nos agradar? Há ocasiões em que ela pode nos causar dor a fim de ser realmente profética. Sem dúvida podemos tirar proveito se ouvirmos uma ampla variedade da melhor música que está sendo produzida pelo mundo. Como ocorre com a literatura, precisamos selecionar e discernir onde há um espírito nocivo. A medida que ouvimos uma variedade mais ampla, teremos um acervo maior de capacidade musical disponível para Deus usar nos seus propósitos proféticos.

O propósito de termos discursado sobre música profética foi abrir para nós possibilidades novas e empolgantes nessa área. O que realmente importa é que Deus resplandeça através da nossa música. Anelamos pelo dia quando pudermos pegar a música do céu e tocá-la na terra a fim de que a glória que envolve o trono de Deus possa irradiar-se através do seu povo. Precisamos conscientizar-nos das nossas limitações e absolutamente não podemos vender as nossas almas ã música como fazem muitos músicos profissionais. Entretanto, podemos abrir nossos corações a Deus e pedir-lhe para mostrar-nos novas formas de expressão. A palavra de Deus não pode esperar pelo nosso aperfeiçoamento técnico, mas podemos oferecer a capacidade musical que temos e confiar que ele nos dê mais. 

Artigo retirado do livreto: Anjos, Músicas, A cura da alma e A libertação da criação.
Editora: Impacto. 

O Homem que eu amo

Dedico este poema, ao Homem da minha vida,  Jesus Cristo.



O Homem que eu amo
É a minha parte mais bonita
Minha parte mais poética
Minha parte mais penteada
Minha parte mais bem vestida
Eu sozinha sou quase nada
Porque é Ele que me enfeita
É Ele que me adorna
É Ele que me torna uma mulher
Completa, Intensa, Repleta. 





"O homem que amo" é um poema da escritora "Cáh Morandi".




sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Maria Madalena e os Apóstolos

O relato da ressurreição que encontramos em João 20.1-18 ressalta em tons vividos o contraste entre a atitude de Maria Madalena e a dos apóstolos diante das primeiras evidências deste grande acontecimento. É marcante desde o início do texto a postura diferenciada de homens e mulheres logo após a morte do seu amado Mestre.

Para começar, enquanto os apóstolos dormiam (que outra coisa melhor poderiam fazer, uma vez que Jesus estava morto e só havia um cadáver no sepulcro?), de madrugada, ainda escuro, Maria Madalena foi ao sepulcro (de acordo com os relatos dos outros evangelhos, outras mulheres a acompanharam, mas João queria focalizar nossas atenções em Maria Madalena). O que ela foi fazer lá? Jesus já tinha morrido! Será que ela tinha mais fé que os apóstolos e queria verificar se ele havia ressuscitado? Não. Os evangelhos tornam bem claro que tanto as mulheres quanto os discípulos não esperavam a ressurreição (Lc 24.4,5). Ninguém tinha entendido as palavras de Jesus sobre este assunto. O propósito de Maria era ungir o corpo de Jesus com especiarias num último gesto de amor (Lc 24.1).

Vemos então que o que levou uma mulher a estar na posição estratégica para receber a maior revelação profética de todos os tempos não foi uma grande formação teológica e sim uma paixão cega, quase irracional, por Jesus. Durante todo o resto do texto, vemos a manifestação desta paixão na vida de Maria. Sua primeira reação ao ver que o sepulcro estava aberto e que o corpo de Jesus não estava mais lá foi de desespero! Correu para avisar Pedro e João e vemos nas suas palavras a angústia de não saber onde tinham ido parar os restos mortais do seu Senhor: “Tiraram do sepulcro o Senhor, e não sabemos onde o puseram” (Jo 20.2).

Pedro e João correram para o sepulcro e chegando lá verificaram detalhadamente a situação. Chegaram a notar a posição exata dos panos de linho e que o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus se encontrava enrolado cuidadosamente num lugar à parte, separado dos outros panos. Veja bem a atitude masculina, pragmática e científica. Estes detalhes são importantes pois servem como provas objetivas e concretas da ressurreição de Jesus. São fatos que podem fortalecer nossa fé. Mas o texto diz que mesmo diante destas evidências “ainda não entendiam a Escritura, que era necessário que ele ressurgisse dentre os mortos” (Jo 20.9).

O que fizeram em seguida? Voltaram para casa (Jo 20.10). O que mais poderiam fazer?

Mas Maria não se conformava. Para ela a opção de voltar para casa não existia. O problema dela não era teológico. Ela estava ferida de amor, profundamente angustiada.

“Maria, porém, estava em pé, diante do sepulcro a chorar. Enquanto chorava, abaixou- se a olhar para dentro do sepulcro, e viu dois anjos vestidos de branco sentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. E perguntaram-lhe eles: Mulher, por que choras?

Respondeu-lhes: Porque tiraram o meu Senhor, e não sei onde o puseram” (Jo 20.11-13). Ela estava tão transtornada emocionalmente e preocupada com o destino do corpo de Jesus que nem a manifestação de dois anjos chamou sua atenção! Quantos de nós ignoraríamos o aparecimento de um anjo, quanto mais de dois? Ela só queria informação. Primeiro tinha recorrido aos apóstolos, mas não adiantara. Depois falou com os anjos e nem esperou resposta.

“Ao dizer isso, voltou-se para trás, e viu a Jesus ali em pé, mas não sabia que era Jesus” (Jo 20.14). Agora não reconhece o próprio Jesus! “Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, julgando que fosse o jardineiro, respondeu-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste e eu o levarei.” (Jo 20.15). Nem apóstolos, nem anjos, nem o próprio Jesus conseguiram acalmá-la! Ela queria uma coisa só: saber onde o corpo de Jesus estava e levá-lo consigo. A incredulidade dos apóstolos se manifestava numa certa tristeza, decepção e indiferença fria. A incredulidade de Maria numa paixão cega, angustiante e perturbadora.

Agora chegamos ao ponto climático do drama: “Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, virando-se, disse-lhe em hebraico: Raboni!”—que quer dizer, Mestre” (Jo 20.16). Simplesmente ao dizer o seu nome, Jesus conseguiu instantaneamente atravessar toda a sua cegueira e pela primeira vez um ser humano viu o Cristo ressurreto! Que momento cósmico! Que privilégio indescritível!

Antes de morrer, Jesus havia dito aos discípulos que ressuscitaria e que apareceria a eles na Galiléia (Mt 28.7,10,16; Mc 16.7). Apesar de Deus ser onisciente e saber tudo que acontecerá, sua maneira de agir é peculiar. Tudo indica que o plano não era aparecer a uma mulher primeiro e sim aos apóstolos, e não em Jerusalém mas na Galiléia. Mas as reações humanas podem produzir reações divinas e mudar o desenrolar do “script”, não afetando, entretanto, o desfecho final. De fato, em João 21 vemos uma manifestação do Cristo ressurreto aos discípulos junto ao Mar da Galiléia, mas a causa parece ter sido uma recaída de Pedro ao tentar sair do ministério e voltar à pescaria. De qualquer forma, parece duvidoso que os discípulos iriam para Galiléia encontrar-se com Jesus como ele os havia instruído, pois nem acreditavam na sua ressurreição!

Mas o argumento mais forte para a mudança do roteiro planejado foi a atitude desesperada e inconsolável de Maria Madalena. Ela não se deixava ser confortada. Os anjos lhe perguntaram: Por que choras? e Jesus perguntou: Por que choras? mas ela não podia ser consolada. Diante de tal determinação e amor, Deus teve de mudar o roteiro e aparecer a ela! Deus tem planos, mas quem vai se interessar por esses planos a ponto de perder sono, perder interesse em discussões teológicas, projetos interessantes e visões de anjos e buscar com fome e sede insaciáveis simplesmente estar junto do seu Senhor e ouvir sua voz? Quando Deus encontra pessoas assim, ele as encaixa no seu drama, pois foi para conseguir esse tipo de amor e dedicação que ele criou o universo!

“Disse-lhe Jesus: Deixa de me tocar, porque ainda não subi ao Pai; mas vai a meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. E foi Maria Madalena anunciar aos discípulos: Vi o Senhor! — e que ele lhe dissera estas coisas” (Jo 20.17,18). Através desse encontro com o Cristo ressurreto, Maria tornou-se a primeira testemunha da ressurreição! Alguém disse que como “apóstolo” significa “enviado”, ela tornou-se uma “apóstola” para os “apóstolos”! Ela foi enviada pelo Cristo ressurreto para anunciar o evangelho aos apóstolos! Que honra! O único problema foi que eles não acreditaram! Ela anunciou mas seus ouvintes continuaram incrédulos! Dá para acreditar?! (Mc 16.9-14; Lc 24.10,11).

Trecho retirado da revista "Impacto", Editorial: 15.  Para ler o artigo completo  "O papel da mulher no plano cósmico de Deus", acesse: https://www.revistaimpacto.com.br/o-papel-da-mulher-no-plano-cosmico-de-deus

Paz & Graça,
Priscila Grazielle 

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Maria e Marta

Neste caso temos Maria representando o aspecto feminino e Marta o masculino. (Lembre-se de que não estamos nos referindo aos papéis do homem e da mulher na vida diária e sim no seu aspecto figurativo em relação à igreja e ao plano de Deus na história.)

Este é um drama de duas cenas. Na primeira (Lc 10.38-42), vemos Maria sentada aos pés de Jesus, ouvindo suas palavras, e Marta agitada com o serviço da casa. Uma está voltada ao relacionamento e a outra ao serviço. Como mencionamos no início, estamos identificando a função masculina com o aspecto objetivo e pragmático de executar projetos e serviços e a função feminina com o aspecto subjetivo e emotivo de desenvolver relacionamento e comunhão. Nesta primeira cena, vemos Marta querendo convencer Jesus a forçar sua irmã a entrar no mesmo ativismo em que ela se encontra. Jesus responde dizendo que Maria escolheu a boa parte que não lhe seria tirada. Descobrimos aqui novamente a prioridade do relacionamento sobre o serviço. Somente saberemos como fazer o serviço adequadamente, ou até mesmo se é preciso fazê-lo, se dermos primeiro lugar ao relacionamento.

Na segunda cena (Jo 11.1-44), vemos a morte de Lázaro e os encontros de Jesus separadamente com as duas irmãs. Em toda a primeira parte do capítulo, fica bem claro que Jesus esperou propositalmente o tempo necessário para que Lázaro morresse, apesar de amá-lo, pois sabia que Deus queria ser glorificado através de sua ressurreição. Ao se encontrarem com Jesus as duas dizem a mesma coisa: “Senhor, se tu estiveras aqui, meu irmão não teria morrido” (Jo 11.21,32). A diferença das duas e do relacionamento de Jesus com elas fica bem clara na reação diferenciada de Jesus a esta mesma pergunta.

Com Marta ele desenvolveu uma discussão teológica sobre a ressurreição, mostrando que ele é a ressurreição em pessoa e que não há diferença entre ele ressuscitar alguém agora ou no último dia. Em alguns momentos parece que Marta tem fé pois diz: “Mesmo agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá” (Jo 11.22) e afirma: “Eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo” (Jo 11.27).

Portanto, a discussão teológica foi importante, mas na hora “H”, quando Jesus pediu para retirarem a pedra da boca do sepulcro, Marta demonstrou que realmente não cria: “Senhor, já cheira mal, porque está morto há quatro dias” (Jo 11.39). Este é o problema com a maioria das discussões teológicas nas quais os homens adoram se envolver. É claro que é importante definir a verdade e distingui-la da mentira, mas na hora “H”, a teologia certa não resolve. É necessário algo mais.

Com Maria, a reação de Jesus foi diferente. Apesar de ser Filho de Deus e de saber antecipadamente tudo o que aconteceria, ele não teve palavras para lhe responder. O problema dela não era teológico, mas emocional. Não adiantaria ficar dando explicações sobre o porquê da sua demora em vir ou sobre o seu propósito de ressuscitar Lázaro. Maria estava além do poder das palavras e das explicações lógicas. E quando Jesus a viu neste estado a chorar e os outros com ela a chorarem também, o texto diz que ele “comoveu-se em espírito, e perturbou-se” (Jo 11.33). Em seguida, pediu para ver onde o haviam posto e quando chegou lá encontramos uma das frases mais poderosas e re- veladoras da Bíblia: “Jesus chorou” (Jo 11.35). Deus encarnado chorou! O Todo-Poderoso e Onisciente Deus chorou! Existe algo além de teologia e além de serviço e projetos. Existe relacionamento e amor!

O plano de Deus continuava de pé bem como todas as verdades teológicas e todos os seus projetos na vida de Jesus e de Lázaro e suas irmãs. Mas por baixo e por detrás de tudo isto, existia algo mais forte, mais profundo e mais importante. Deus é amor! Ele não é um supercomputador ou uma filosófica “Causa Primordial”. Ele é uma pessoa que pode ser movida e tocada por outras pessoas. Sem perder sua soberania, ele consegue ficar triste com o que nos entristece e se alegrar com o que nos alegra. Ele tem prazer em compartilhar nossos sentimentos e emoções, sabendo que as amizades formadas neste nível formam ligações muito mais profundas e duradouras. Oxalá que nas igrejas hoje houvesse menos teólogos e mais amigos, menos conselheiros profissionais e mais pessoas genuínas prontas a admitir que não têm todas as respostas ou soluções e dispostas a sofrer juntas com as outras. Quantas vezes respondemos a situações angustiantes com chavões e fórmulas prontas ao invés de chorarmos com os que choram!

O perfil de Marta, cheia de praticidade e pragmatismo, cheia de boas obras e bons argumentos teológicos, é importante porém insuficiente. Precisamos aprender como ir além das palavras e das declarações da verdade para sentir os sentimentos de Deus e do mundo ao nosso redor. Precisamos aprender a nos deixar comover pelos sofrimentos alheios, porque é a partir daí que Deus começará a se manifestar ao mundo outra vez e o poder da ressurreição voltará a estar disponível na terra.

O texto continua dizendo: “Jesus, pois, comovendo-se outra vez, profundamente, foi ao sepulcro…” (Jo 11.38). A partir desse momento, o processo da ressurreição de Lázaro foi acionado. Ele mandou tirar a pedra contra as objeções de Marta. Orou, gritou para Lázaro sair e este obedeceu! Lembre- se o que falamos sobre o cumprimento dos propósitos de Deus. Deus tem propósitos tão definidos e claros que podem ser preditos, mas só podem ser cumpridos num contexto de relacionamento entre o homem e Deus. Jesus sabia que Lázaro seria ressuscitado mas não sabia como isto aconteceria. Ele não sabia que ficaria emocionado com o sofrimento de Maria e de seus amigos e que choraria. Não sabia a ordem dos encontros com as duas irmãs e o desenrolar dos acontecimentos. Apesar de ter certeza o tempo todo do desfecho final, ele se envolveu emocionalmente com o processo, com as reações das duas irmãs e com suas próprias reações. É isto que torna a vida com Deus tão emocionante!

Trecho retirado da revista "Impacto", Editorial: 15.  Para ler o artigo completo  "O papel da mulher no plano cósmico de Deus", acesse: https://www.revistaimpacto.com.br/o-papel-da-mulher-no-plano-cosmico-de-deus

Paz e Graça, 
Priscila Grazielle 

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Desejos do coração


"Você descobrirá que toda mulher no fundo do seu coração, deseja três coisas: ter um romance, desempenhar um papel insubstituível em uma grande aventura e revelar beleza. É isso que faz uma mulher reviver."

"Também há três desejos inerentes no coração de todo homem. Todo homem deseja uma batalha para pelejar. Os homens também desejam uma aventura. E por fim, todo homem deseja uma Bela para resgatar. Ele realmente deseja." 


Em busca da Alma feminina, John & Stasi Eldrede

Paz e Graça, 
Priscila Grazielle

terça-feira, 4 de novembro de 2014

O Coração de Deus para o relacionamento

O grande desejo e a capacidade que uma mulher tem para os relacionamentos íntimos expressam para nós o grande desejo e a capacidade de Deus para os relacionamentos íntimos. Na verdade, talvez essa seja a coisa mais importante que já aprendemos sobre Deus — que ele deseja ter um relacionamento conosco. “Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro” (João 17: 3). Toda a história da Bíblia é uma história de amor entre Deus e seu povo. Ele nos deseja. Ele se importa. Ele tem um coração terno...

Sião, porém, disse: “O SENHOR me abandonou, o Senhor me desamparou”. “Haverá mãe que possa esquecer seu bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou? Embora ela possa esquecê-lo, eu não me esquecerei de você!...”, declara o SENHOR (Isaías 49: 14,15-18).

"Eu lhes darei um coração capaz de conhecer-me e de saber que eu sou o SENHOR. Serão o meu povo, e eu serei o seu Deus, pois eles se voltarão para mim de todo o coração "(Jeremias 24: 7).

“Jerusalém, Jerusalém... Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram” (Mateus 23: 37).

Que consolo é saber que este universo* em que vivemos tem relação com sua essência, que nosso Deus é um Deus de bom coração que deseja ter um relacionamento conosco. Se você tiver alguma dúvida neste sentido, simplesmente observe a mensagem que ele nos enviou na mulher. Maravilhosa. Deus não somente suspira por nós, mas deseja ser amado por nós. 
Ah, como temos ignorado isso! Quantas de vocês vêem Deus como alguém que deseja ser amado por vocês? Nós o vemos como alguém forte e poderoso, mas não como alguém que precisa de nós, vulnerável a nós, ansioso por ser desejado. Mas, como escrevi em Coração selvagem: 

Depois de anos ouvindo o grito do coração das mulheres, estou convencido, sem sombra de dúvida, disto: Deus deseja ser uma prioridade para alguém. Como pudemos ignorar isso? De ponta a ponta, do começo ao fim, o grito do coração de Deus é:“Por que vocês não me escolhem?” Para mim, é surpreendente ver como Deus é humilde e vulnerável neste ponto. “Vocês me acharão”, diz o SENHOR, “quando me procurarem de todo o coração” (Jeremias 29: 13). Em outras palavras: “Busquem-me, sigam-me — quero que vocês vão atrás de mim.” Maravilhoso. Como diz Tozer: “Deus espera ser desejado.” 

É possível haver alguma dúvida de que Deus deseja ser procurado? O primeiro e maior de todos os mandamentos diz que devemos amá-lo (Marcos 12: 29,30; Mateus 22: 36-38). Ele deseja que o amemos. Que o procuremos de todo o nosso coração. Uma mulher também deseja ser procurada com todo o coração por quem a procura. Deus anseia ser desejado. Assim como uma mulher anseia ser desejada. Esse profundo anseio de ser desejada não é alguma fraqueza ou insegurança da parte da mulher. “Leve-me por causa do desejo”, canta Alison Krauss, “ou deixe-me para trás”. Deus sente a mesma coisa. Você se lembra da história de Marta e Maria? Maria preferiu Deus, e Jesus disse que era isso que ele queria. “Maria escolheu a boa parte” (Lucas 10: 42). Ela me escolheu. 
A vida muda drasticamente quando o romance entra em nossa vida. O Cristianismo muda drasticamente quando descobrimos que ele também é um grande romance. Que Deus deseja compartilhar uma vida de beleza, intimidade e aventura conosco. “Eu a amei com amor eterno” (Jeremias 31: 3). Todo este mundo foi criado para o romance — os rios e os vales, os prados e as praias. Flores, música, um beijo. Mas temos uma forma de nos esquecer de tudo isso, perdendo-nos no trabalho e nas preocupações. Eva — a mensagem de Deus para o mundo de uma forma feminina — convida-nos para o romance. Por meio dela, Deus faz do romance uma prioridade do universo. 
Assim Deus dota a mulher de certas qualidades que são essenciais para o relacionamento, qualidades que falam de Deus. Ela é atraente. É vulnerável. É terna. Personifica a misericórdia. Também é impetuosa e impetuosamente dedicada. Como diz o velho ditado: “Não há fúria no inferno igual à de uma mulher desprezada.” É exatamente assim que Deus age quando não é escolhido. “Eu, o SENHOR, o teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo... [aqueles] que me desprezam” (Êxodo 20: 5). O zelo justo de uma mulher fala do zelo de Deus por nós. 
Terno e atraente, íntimo e encantador, impetuosamente dedicado. Ah, sim, nosso Deus tem um coração apaixonado e romântico. Veja Eva.

Livro: Em busca da alma feminina - John & Stasi Eldrede.

*universo aqui implica ás mulheres. 

Estou de volta

Olá,

Incentivada por uma "amiga blogueira" - Ana rs 
Voltarei a postar alguns textos aqui. Embora eu não saiba se alguém será alcançado por esses textos. Mas "bora" postar novamente. 

Estou lendo um livro, "Em busca da alma feminina" dos autores John & Stasi Eldredge. E nos próximos dias estarei compartilhando alguns trechos deste livro.

Para quem não me conhece, sou uma pessoa que gosta muito de ler. Então, provavelmente, estarei compartilhando aqui "trechos" de livros ou artigos. Se durante uma postagem ou outra, Deus me inspirar, quem sabe eu não tenha algo para postar "da minha autoria", não é mesmo?

À você que visitou este blog, seja bem vindo (a)!


Paz e Graça,
Priscila G. Lima

Os doze espias

"Números, cap. 13 Versos 25 a 33 - Ao fim de quarenta dias, eles voltaram de sondar a terra. Ao chegarem, apresentaram-se a Moisés e ...